Segunda-feira, 14 de Agosto de 2006

Crescidos mas nem tanto...

            Quantos de vocês, já ouvir dizer: “Isto no meu tempo não era assim”, “estes miúdos de hoje em dia, sabemos mais do que eu no meu tempo”? Eu já ouvi algumas vezes e até vejo que é verdade, porque tenho dois sobrinhos que são tudo para mim. Um tem 13 anos e sabe mais do que eu, quando tinha a idade dele (e quando falo em mais, é no sentido como se portam, como tentam ser, querem sair para festas e até no plano sexual), tenho outro que tem 6 anos e que sabe mais do que o seu irmão quando tinha a sua idade. Bolas que confusão!!! Mas, na verdade cada vez mais os hábitos tendem a modificar-se e vão-se perdendo coisas boas na vida que as crianças devem viver.
            Lá vai o tempo em que nós acreditávamos no Pai Natal, que podíamos viver uma história de príncipes e princesas e que o final de qualquer história seria: “E viveram felizes para sempre”. Hoje é mais guerras e discussões e até a própria luta livre que passa nos canais da Tv Cabo, em que vejo crianças que deliram com aquilo. Não sei como, nem porquê e compreendo ainda menos os pais que permitem estes hábitos, menos “saudáveis”.
 
            Com tudo isto, comecei a pensar que seria normal isto acontecer, pois há cada vez mais necessidade de se afirmar um adulto, eu também com 15 anos já gostava de ser tratado como tal, mas nunca quis ter atitudes como os adultos. Basta ir a uma escola e ver jovens a fumar, alguns a consumirem estupefacientes, cenas mais íntimas com o seu parceiro, entre um outro grande número de coisas. Coisas estas que são de práticas, embora algumas não aceitáveis, vindas dos adultos. Podemos dizer que a tecnologia que foi evoluindo a tal ponto que criaram os pequenos adultos e dificilmente deixaram se portar como tal, daqui para a frente!
 
            Há tempos, em conversa, com uma amiga ela contou-me que o seu sobrinho tinha medo de matar uma centopeia, porque depois, à noite, ela viria ao seu encontro e lhe arrancaria as pestanas. Por outro lado o meu sobrinho, vai todos os fins-de-semana para a casa do pai, porque tem lá um espaço transformado em discoteca e como tem, simplesmente, 13 anos não pode entrar em nenhuma, usando esse espaço para se tornar mais adulto.
 
            Roupas mais adultas, comportamentos de adultos, tentam ter conversas de “gente grande”, perdem muitas e boas coisas da infância para se parecerem connosco quando na verdade o mundo das crianças é o melhor! Mas com comportamentos como estes, serão crescidos, mas nem tanto!
RM
Sinto-me: Beeeeeeem!!!
Criticalhado por RM às 00:01
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27 comentários:
De PCTSF a 21 de Agosto de 2006 às 00:04
Omundo das crianças é, sem dúvida, o melhor! Concordo plenamente.
Como não vivi a minha infancia como devia...agora sinto-me uma eterna menina, mesmo co 32 anos de idade e...é bom sentir-me assim.

Beijinhos.
Adorei o post. ;)
De CACAfonso a 21 de Agosto de 2006 às 14:00
Caro RM agradeço desde já a visita ao meu "espaço"!! Kuanto ao Post, efectivamente ouvi já por diversas vezes e eu próprio já o disse ke hoje em dia a miudagem sabe mais ke nós no nosso tempo!! Isso é um reflexo do progresso, mas também da educação nas Escolas (em algumas pelo menos)!! Essa é a parte boa da kerstão, por outro lado "saber mais", não implica necessariamente, saber mais no bom sentido da palavra, pois se hoje em dia têm ao alcance meios ke lhes permitem um conhecimento de causa sobre determinados assuntos (ke nós se calhar não tinhamos), também têm meios ke lhes permitem "Saber Mais" no ke toca a vícios, acesso a muita "porcaria" etc... Infelizmente o meio sócio-cultural onde algumas crianças se encontram inseridas também não lhes permite viver a verdadeira meninice, outros será por opçáo ou influências de terceiros!! Agora uma coisa te digo, kem me dera voltar aos meus tempos de infância!! Grande Abraço...Carlos.
De FlordeLis a 21 de Agosto de 2006 às 15:41
Bem RM primeiro que tudo, quero agradecer a tua visita ao meu blog,quando puderes e quiseres visita este que também é meu... www.memoriasecretas.blogs.sapo.pt .. digamos que é outro tipo de escrita...
É verdade... quando somos pequenos queremos tanto ser adultos, queremos apressar o tempo, não sabendo nós que o tempo conta a nosso desfavor.. mas, no fundo isso acontece com todos os adolescentes e não pudemos criticar agora quando adultos, os mais novos por isso.. só quando crescemos damos valor.
Cada um tem as suas razões para querer crescer depressa embora sejam sempre muito semelhantes, a minha talvez tenha sido um pouco mais especial,talvez um dia te conte... quem sabe o dia de amanhã...?!? :)

De Zé Tonto a 10 de Setembro de 2006 às 02:20
Não me parece que seja bem assim. Os “putos” e as “putas” portugueses continuam um verdadeiro atraso de vida em relação às crianças europeias não mediterrânicas. Veja-se pelos dois exemplos seguintes e pelo restante. Em países civilizados diz-se que pelo comportamento das crianças e dos cães se conhece a mentalidade dos adultos (pais e donos). Uma criança de 8 ou 9 anos dum país civilizado tem uma mentalidade muito mais avançada que um português adulto. Não tem experiência mas foi ensinada a pensar e a comportar-se, a mentalidade foi-lhe moldada com conhecimentos. As crianças desses países são ensinadas a viver nas escolas, aprendem princípios de contabilidade doméstica, a não acreditar em publicidade, e muitas outras coisas aqui impensáveis. A maioria dos seus países ficaram destruídos durante a guerra, os pais trabalhavam de manhã à noite e não tinham oportunidade de os educar; os estados ocuparam-se do assunto preparando professores para isso, professores que ainda hoje ganham menos do que os seus homólogos portugueses, mas que sabem o que fazem e aos quais os pais não dificultam nem bloqueiam o trabalho. Em 1970 e tal os teatros de sexo da Holanda (assisti em Amesterdão) não “representavam” propriamente dito, davam os folhaços ao vivo, e não só. Às tantas veio uma esfregar a rata no bigode dum colega meu. Há um mundo de diferença entre a instrução, a educação o civismos e a mentalidade dos países mediterrânicos e o centro, e mais ainda o norte da Europa. A existência deste mundo de diferença teve início lentamente, a seguuir à guerra, devido às medidas que descrevi atrás e que aqui nunca aconteceram. Quando se chegou à altura da Abrilada, o atraso português era de pouco mais de 20 anos. Há menos de 2 anos o Eurostat calculou o atraso em mais de 52 anos. Que se passou então, durante os 30 anos desde a Abrilada? Agradeçamos aos políticos, que são os malvados autores da obra. Coisa que não dê votos imediatos não fazem. Desde então não houve nem mais um único plano de fomento nem de qualquer coisa parecida a longo prazo. Não dá votos imediatos, as mezinhas é que se vê logo.
De Zé Tonto a 10 de Setembro de 2006 às 02:47
Só aora encontrei este post já relativamente antigo, mas a situação em nada mudou.
Pus aqui um comentário, mas pareve que não entrou. Volto a pô-lo.

Não me parece que seja bem assim. Os “putos” e as “putas” portugueses continuam um verdadeiro atraso de vida em relação às crianças europeias não mediterrânicas. Veja-se pelos dois exemplos seguintes e pelo restante. Em países civilizados diz-se que pelo comportamento das crianças e dos cães se conhece a mentalidade dos adultos (pais e donos). Uma criança de 8 ou 9 anos dum país civilizado tem uma mentalidade muito mais avançada que um português adulto. Não tem experiência mas foi ensinada a pensar e a comportar-se, a mentalidade foi-lhe moldada com conhecimentos. As crianças desses países são ensinadas a viver nas escolas, aprendem princípios de contabilidade doméstica, a não acreditar em publicidade, e muitas outras coisas aqui impensáveis. A maioria dos seus países ficaram destruídos durante a guerra, os pais trabalhavam de manhã à noite e não tinham oportunidade de os educar; os estados ocuparam-se do assunto preparando professores para isso, professores que ainda hoje ganham menos do que os seus homólogos portugueses, mas que sabem o que fazem e aos quais os pais não dificultam nem bloqueiam o trabalho. Em 1970 e tal os teatros de sexo da Holanda (assisti em Amesterdão) não “representavam” propriamente dito, davam os folhaços ao vivo, e não só. Às tantas veio uma esfregar a rata no bigode dum colega meu. Há um mundo de diferença entre a instrução, a educação o civismos e a mentalidade entre os países mediterrânicos e os do centro da Europa, e mais ainda com os do norte. A existência deste mundo de diferença teve início lentamente, a seguir à guerra, devido às medidas que descrevi atrás e que aqui nunca aconteceram. Quando se chegou à altura da Abrilada, o atraso português acumulado era de pouco mais de 20 anos. Há menos de 2 anos o Eurostat calculou o atraso em mais de 52 anos. Que se passou então, durante os 30 anos desde a Abrilada? Agradeçamos aos políticos, que são os malvados autores da obra, que assim atiraram Portugal para o lixo com toda a população dentro. Coisa que não dê votos imediatos não fazem. Desde então não houve nem mais um único plano de fomento nem de qualquer coisa parecida a longo prazo. Não dá votos imediatos, as mezinhas é que se vê logo.
De catia a 12 de Janeiro de 2007 às 15:29
Ola boa tarde.. tenho andado aki na net á procura de razoes para os jovens kererem sair á noite.. pois ando na escola secundaria e a nha stora mnd'm fazer uma trabalho sobre exe assunto o problema é que eu nao encontro nda que tenha haver cm exe assunto.. podem'me ajudar.. obg
De RM a 19 de Janeiro de 2007 às 14:36
Cátia, desculpa a demora por responder! Não sei se ainda vou em tempo de ajudar!!! Deixa-me o teu contacto de email para te poder contactar!!!

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